Carta Enamorados: A Transformação do Mundo Social
- Patricia Carvalho
- 20 de jan.
- 3 min de leitura
Atualizado: 25 de jan.
A carta dos Enamorados nos convida a nos visualizarmos em um mundo sociável, onde a evolução não acontece sem parceria e sem o reconhecimento do outro em nossas vidas. Para isso, é essencial a compreensão e a tolerância diante das diferenças.

Essa carta também fala de amor — o amor entre casais, que faz parte desse meio social, e a maneira como a sociedade supervaloriza os relacionamentos. Muitas vezes, acreditamos que estar com alguém nos faz sentir amados, mas, na verdade, precisamos despertar esse amor dentro de nós antes de buscá-lo fora.
Vivemos em um mundo que constantemente nos estimula à interação social: trabalho, família, amizades, lazer, prazeres, amores e paixões intensas. Porém, o verdadeiro amor que buscamos nas relações só pode ser plenamente reconhecido quando nos conhecemos por completo.
Nossa mente só é capaz de enxergar aquilo que nos é familiar. Um exemplo simples disso é uma mulher grávida que, antes da gestação, nunca havia notado quantas lojas de bebês existiam em sua cidade. Assim que engravida, essas lojas parecem surgir em todos os lugares. Isso acontece porque nossa mente é seletiva e filtra o que considera relevante. Criamos projeções mentais baseadas no que já conhecemos, e o mesmo ocorre com o sentimento do amor.
O amor é a base da vida em sociedade. Todos buscamos ser amados, acolhidos, reconhecidos e queridos. Mas para compreender o amor em sua essência, precisamos diferenciá-lo das distorções criadas por experiências familiares ou sociais. Afinal, onde buscar esse entendimento verdadeiro?
Acredito que a melhor forma de compreender o amor é espelhar-se em um comportamento que realmente o represente. E, na minha visão, ninguém exemplificou melhor esse sentimento do que Jesus Cristo.
Não me refiro a uma abordagem religiosa, mas ao comportamento de Cristo, que demonstrou um amor tolerante, sólido, inspirador e, acima de tudo, misericordioso. Mesmo após sofrer inúmeras humilhações, Ele aceitou seu destino e, em um ato de virtude suprema, perdoou seus algozes, entregando-se para que pudéssemos receber a graça do Espírito Santo.
Agora, pensemos em como reagimos no dia a dia: quantas vezes, diante de uma frustração, dizemos impulsivamente frases como "Eu quero matar fulano" ou "Que pessoa estúpida"? Jesus, no entanto, nos ensina o oposto. Ele nos convida a perdoar e até mesmo a dar a vida pelo outro, como demonstrou ao dizer: "Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que fazem."
Isso nos leva a uma reflexão: nossa mente só vê e faz aquilo que lhe é conhecido. Será que realmente sabemos o que estamos fazendo?
Viver em sociedade exige um olhar carinhoso e meditativo. Por isso, eu te pergunto:
Para onde seus olhos vagam?
Como você enxerga o meio social ao seu redor?
Como você se sente dentro da sociedade em que vive?
Agora, reduza essa sociedade ao seu universo mais próximo — as pessoas com quem você convive diariamente. Como você as vê? Você está julgando ou tolerando? Você reconhece verdadeiramente o amor nelas? Você se permite receber esse amor genuíno?
Minha recomendação para começar a sentir esse amor é simples: faça uma oração, medite e converse consigo mesmo. Olhe para dentro de você e visualize esse amor. No início, pode ser difícil, mas insista. E se ainda encontrar dificuldades, peça com fé: "Jesus, ensina-me a amar como o Senhor amou."
Esteja atento, pois os ensinamentos d’Ele podem ser muito diferentes do que conhecemos. Mas acredite: Jesus está mais disponível para te ensinar do que você pode imaginar!
Por Patricia Carvalhô
Flor de Cerejéira!
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